Em um sábado à noite, do 41o andar em um prédio na Berrini, a noite paulistana ferve em luzes e movimento.
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"Muito embora hoje a modernização da agricultura atinja, direta ou indiretamente, todo o país, processou-se de modo extremamente seletivo, privilegiando os territórios, as culturas e os segmentos socioeconômicos mais rapidamente suscetíveis à organização de uma atividade agrícola sustentadapelas inovações científico-técnicas e que, assim pudessem ter uma produção e um consumo globalizados e interligados aos demais setores econômicos...
(...) O espaço rural não se homogeneizou, porque foi desigualmente atingido pela difusão de inovações agrícolas"
ELIAS, Denise. Globalização e Agricultura. São Paulo: EDUSP, 2003
Apesar de toda a modernização e globalização, a situação dos cortadores de cana ainda é lastimável.
Trabalhando em um regime de semi-escravidão e condições desumanas, a desigualdade - e ao mesmo tempo a exclusão graças à mecanização da colheita - reflete as graves contradições de um país em desenvolvimento.