
"Olha a promoção: um por 3, 5 por 15..."
"Moça bonita não paga, mas também não leva"
"Baratinho, baratinho. É do sítio do vizinho"






Fotografias já aceleraram o fim de guerras e injustiças sociais e veem desempenhando papel fundamental em nosso maior desafio atual: a busca de um modelo de produção e consumo ecologicamente sustentáveis e compatíveis com a sobrevivência dos últimos grandes espaços naturais da Terra.
O Gabão abriga algumas das últimas grandes áreas intocadas da África e as autoridades do país já vinham sendo alertadas, há muito tempo, sobre a urgência da proteção dos ecossistemas locais, constantemente ameaçados pela exploração da madeira, mineração, agricultura e caça. A decisão presidencial, porém, não foi desencadeada apenas por relatórios e números; ela tem uma relação mais estreita com a emoção.
Ao ver as imagens da expedição Megatransect - na qual o ecologista Mike Fay e sua equipe percorreram, a pé, mais de 3700 quilômetros no centro do continente africano, boa parte deles no Gabão - Omar Bongo, finalmente, aceitou as sugestões dos ambientalistas. Nas palavras de Fay: "O presidente já tinha ouvido tudo sobre desenvolvimento sustentável e conservação, mas só se deu conta de que seu país tem recursos naturais, que vão além dos minerais e madeira, ao ver as fotografias da expedição".
Pensando em potencializar o uso da fotografia como ferramenta em favor da conservação, a fotógrafa e ambientalista Cristina Mittermeier, fundou, em 2005, uma associação de fotógrafos de natureza com obras relevantes para a proteção da biodiversidade no planeta. A Liga Internacional dos Fotógrafos de Conservação - ILCP, da sigla em inglês - conta hoje com 72 profissionais de vários países, entre eles Michael Nichols, autor das fotografias da expedição Megatransect, decisivas na criação dos parques no Gabão.